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Saúde

“Não há desabastecimento de vacinas no Brasil”, reforça ministra da Saúde Nísia Trindade 6s6m2i

Foto: Taysa Barros/MS 5ez3d

Foto: Taysa Barros/MS

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nessa segunda-feira (25) que o Brasil está seguro quanto ao abastecimento das vacinas que integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI). O programa distribui, anualmente, cerca de 300 milhões de doses para os 5.570 municípios brasileiros. Trata-se de um processo logístico complexo, com tempos diferentes de estado para estado, dada a extensão e diversidade territorial do País. 

“A vacinação é a prioridade máxima do Ministério da Saúde, o que reflete nos nossos números. O aumento da cobertura continua sendo uma realidade. Não se pode falar de desabastecimento de vacina no Brasil”, destacou, lembrando que diversos municípios realizaram Dia D de imunização no último fim de semana. 

Em entrevista a jornalistas, ao confirmar a regularidade dos estoques, a ministra Nísia disse que a pasta tomou importantes medidas para diminuir o impacto da perda de vacinas herdada da gestão anterior, como por meio do remanejamento de doses para estados e municípios e doação internacional. Isso permitiu uma economia de R$ 252 milhões. 

A ministra da Saúde lembrou que o Brasil saiu do ranking dos 20 países com mais crianças não vacinadas. “Fruto do desafio ao negacionismo, do esforço de realizar um planejamento de acordo com as realidades locais e também com a retomada das campanhas de vacinação”, detalhou. 

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, ressaltou o trabalho interministerial. “Trabalhamos em parceria com o Ministério da Defesa na Operação Gota e, em 2023, conseguimos vacinar mais do que nos últimos quatro anos. Chegar até as crianças que moram em áreas de difícil o foi fundamental para atingirmos esse resultado”, disse. 

O diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, reforçou que o PNI tem orçamento garantido para a aquisição de todas as vacinas, com cronogramas dos fornecedores para certificar a aquisição dos imunizantes. 

Eder traçou um histórico do cenário encontrado pela atual gestão. Citou a falta de equipes, de campanhas, doses de rotina próximas do vencimento como exemplos de situações que tiveram de ser contornadas. Gatti também tratou de dificuldades, como a dependência externa de insumos.

 “Neste cenário, conseguimos reverter a tendência de queda das coberturas vacinais desde 2016 e aumentamos a cobertura de 13 das 16 vacinas do calendário infantil. Em 2024, 12 vacinas já ultraaram o percentual do ano anterior. Até o momento, temos vacinas que já am da faixa de 90% de cobertura. Em novembro, estamos normalizando a entrega de vacinas de HPV e febre-amarela para diversos estados”, reforçou o diretor do DPNI. 

Perguntado sobre dificuldades de fornecimento por questões de controle de qualidade, Eder esclareceu que esse controle é uma atividade feita por qualquer laboratório produtor de vacinas, seja ele público ou privado. “Durante a avaliação da qualidade em qualquer etapa da produção, caso haja qualquer desvio, ocorre uma interrupção da produção, a interdição de lotes e, consequentemente, nova avaliação de qualidade para liberar os lotes remanescentes”, disse ao citar como exemplo a produção em laboratório privada de imunizante contra a varicela. 

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa, mais conhecido como Berger, esclareceu o trabalho de transparência e a organização da rede de dados. Citou a complexidade de unir informações na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e a atuação da pasta para aprimorar o controle diário de informações sobre insumos e medicamentos em geral. (MS)